terça-feira, 25 de setembro de 2012

Resumo para a 1ª prova de Geografia (25/09/12)




Capítulo 10 – O Nordeste e seus contrastes socioeconômicos

O dinamismo econômico da Zona da Mata e o Agreste
A Zona da Mata é a sub-região economicamente mais desenvolvida do Nordeste. A existência de um grande mercado consumidor, formado pela população dos principais centros urbanos do Nordeste, contribui de maneira significativa para o desenvolvimento industrial dessa área. Outro fator que favorece a atividade industrial na Zona da Mata é sua rede de transportes, a qual é mais bem estruturada que nas outras regiões. Isso facilita o deslocamento de matérias primas e produtos industrializados.

As atividades primárias na Zona da Mata e no Agreste
Além da indústria, na Zona da Mata desenvolvem-se importantes atividades econômicas ligadas ao meio rural. Nesse meio, predominam os latifúndios monocultores de cana de açúcar, fumo e cacau, que atendem ao comércio interno e externo.
Entretanto, boa parte dos gêneros alimentícios básicos que abastecem a Zona da Mata procede do Agreste. Nessa sub-região predominam as pequenas médias propriedades rurais policultoras. O desenvolvimento das atividades agropecuárias no Agreste contribuiu para o crescimento muitas cidades como Campina Grande, que se tornaram polos de comercialização e distribuição de produtos agrícolas.


A agropecuária no Sertão
A economia do Sertão nordestino baseia-se na agropecuária, atividade que sofre diretamente os impactos das condições climáticas, sobretudo na época das secas.
A pecuária bovina é a principal atividade econômica do Sertão, em geral praticada de forma extensiva, mas também na forma intensiva. Além da bovinocultura, destaca-se também criação de caprinos, os quais são mais resistentes ao clima semiárido.
A agricultura de subsistência desenvolve-se em todo o Sertão, sendo praticada em pequenas propriedades por meio de técnicas tradicionais. Algumas áreas conhecidas como brejos tem  mais umidade e são mais favoráveis á pratica agrícola.

A falta de água na vida do sertanejo
A baixa pluviosidade e a ocorrência de estiagens comprometem o desenvolvimento das atividades agropecuárias no Sertão nordestino.
Entretanto, a escassez de chuvas prejudica mai os pequenos proprietários, que constituem a maioria dos produtores rurais. Como possuem poucos recursos para investir em suas propriedades, esses agricultores feralmente cultivam apenas lavouras de subsistência, além de desenvolver uma pequena criação de gado bovino e caprino, de forma extensiva.
Em geral, essas atividades proporcionam uma renda insuficiente para suprir as necessidades básicas das famílias camponesas, que vivem em precárias condições. Essa situação poderia ser amenizada como o aproveitamento de recursos hídricos armazenados em reservatórios subterrâneos da própria região, inclusive o Polígono das Secas.
O Brasil dispõe de tecnologia suficiente para explorar esses recursos na forma de sistemas de irrigação e de redes de abastecimento de água. Já existem vários poços perfurados no Polígono das Secas, porém, não são utilizados em benefício da maioria dos agricultores.
Para os grandes proprietários rurais do Sertão, o clima semiárido é um aliado. Boa parte deles utilizam sistemas de irrigação abastecidos com água de poços construídos dentro de suas propriedades, muitas vezes com dinheiro do governo federal.

A indústria da seca
Quando ocorrem as secas no Nordeste, o restante do país toma conhecimento, pelos meios de comunicação, das dificuldades enfrentadas pela maioria da população sertaneja. Sem recursos para enfrentar a seca, os camponeses perdem suas pequenas lavouras e as poucas cabeças de gados que possuem, também limitando sua reserva de água e alimento.
Nessas ocasiões, o Nordeste recebe auxílios do governo federal para amenizar tais problemas. Entretanto, grande parte dessas verbas acaba beneficiando apenas latifundiários e políticos influentes na região. Essa situação acentua as desigualdades sociais no Nordeste. O termo “indústria da seca” é usado para caracterizar essa situação.

A transposição do rio São Francisco
Além de açudes, outras obras de engenharia são construídas no interior do Sertão como forma de minimizar os efeitos das secas. Esse é o caso do projeto de transposição do rio São Francisco.


Meio-Norte: economia em expansão
As atividades econômicas no Meio-Norte são ligadas ao campo. A atividade extrativa vegetal é praticada em grande parte dessa região, sobretudo na mata dos cocais, onde são explorados o babaçu e a carnaúba. Embora as técnicas de exploração sejam tradicionais, essa coleta gera muita renda para muitos trabalhadores. Na mata dos cocais, também é comum a criação extensiva de gado bovino.
Nas margens dos principais rios do Meio-Norte, onde os solos são mais úmidos, desenvolvem-se plantações de arroz de várzea. Nas áreas mais secas, são cultivadas lavouras de mandioca, milho e algodão.
A produção de culturas voltadas para o mercado externo no Meio-Norte tornou-se viável com a implantação do Corredor de Exportação Norte, uma área formada por cidades atendidas por um sistema multimodal de transportes, que integra rodovias, hidrovias e ferrovias. O Corredor de Exportação foi criado para permitir o escoamento das safras agrícolas do Meio-Norte e ds regiões Norte e Centro-Oeste em direção ao porto de Itaqui, no Maranhão, onde são embarcadas para o exterior.


Os contrastes da distribuição populacional
A população nordestina está irregularmente distribuída pela região. Enquanto o Sertão e Meio-Norte apresentam baixa densidade demográfica, a Zona da Mata e o Agreste apresentam grandes concentrações populacionais.
A Zona da Mata é a mais populosa das sub-regiões nordestinas.
Pelo fato de ser a sub-região mais desenvolvida economicamente, a Zona da Mata atrai milhares de migrantes de outras sub-regiões, principalmente do Sertão. Impulsionados pela pobreza nos anos de seca, os sertanejos buscam novas oportunidades de trabalho e melhores condições de vida na Zona da Mata.
Na realidade, o destino da maior parte dos migrantes acaba sendo os bairros periféricos dos grandes centros urbanos dessa região. Esses bairros crescem aceleradamente sem nenhum tipo de infraestrutura básica.


Nordeste: uma região com grande potencial
Atualmente, grandes investimentos têm sidos realizados em diversos setores da economia nordestina.
No setor industrial, muitas fábricas estão abrindo filiais ou se transferindo de outras partes do país para o Nordeste. Essas empresas são estimuladas pelo menor custo de mão de obra e pelos benefícios que os governos estaduais estão concedendo, tais como a redução ou isenção de impostos.
O setor agrícola também tem crescido na região, através da prática da irrigação nas lavouras do Sertão e da correção do solo, técnicas que permitem maior produtividade.
Essas iniciativas demonstram que o Nordeste apresenta um grande potencial econômico, mas ainda é preciso solucionar os principais problemas da região, como a concentração de terras, alto índice de desemprego e a baixa qualidade de vida de boa parte da população.


Capítulo 14 – O Sul e seus habitantes

Até o início do século XIX, a região Sul era ocupada principalmente por povos indígenas. A partir de então, o governo brasileiro passou a promover o povoamento dessa região por meio de assentamentos de imigrantes europeus, com o objetivo de assegurar a posse dessas terras e evitar possíveis invasões.
Os imigrantes foram assentados em pequenas e médias propriedades, onde passaram a desenvolver a policultura e a criação de animais.
Nas áreas colonizadas por imigrantes, surgiram pequenos povoados, que, mais tarde, deu origem a importantes centros urbanos, devido ao desenvolvimento agrícola, que impulsionou as atividades urbanas de comércio e da indústria.


As últimas ocupações da região Sul
Algumas décadas depois de estabelecidos, alguns dos imigrantes das primeiras áreas de colonização dirigiram-se à parte oeste da região Sul, que ainda estava pouco povoada. Esses imigrantes partiram à procura de novas terras onde puderam desenvolver a prática agropecuária.
Por volta das décadas 1930 e 1940, a expansão das lavouras de café para o oeste paulista acabou alcançando as terras férteis do Paraná. Nessa área, a cultura cafeeira atraiu migrantes paulistas, mineiros e nordestinos, além de muitos migrantes europeus e japoneses.
Durante as décadas de 1950 e 1960, o povoamento chegou ao sudoeste e ao oeste paranaense, as duas últimas áreas da região Sul a serem ocupadas tanto pro gaúchos e catarinenses como por imigrantes do norte do Paraná.


A distribuição da população
O povoamento no Sul proporcionou uma ocupação de maneira mais homogênea, à exceção da porção sul-sudoeste do Rio Grande do Sul. No entanto, as áreas de maior concentração populacional do Sul são as regiões metropolitanas de Curitiba e Porto Alegre.
Ultimamente, o número de habitantes nesses centros urbanos tem crescido em razão do êxodo rural, provocado pela mecanização das lavouras e pela concentração de terras. Sem oportunidade de trabalho no campo, muitos trabalhadores migram para cidades maiores.
Entretanto, o número de empregos nesses centros urbanos não cresceu na mesma proporção que a oferta de mão de obra, obrigando trabalhadores a exercer trabalhos informais e viver em periferias.


Os emigrantes do Sul
O avanço das lavouras monocultoras e a mecanização das atividades agropecuária provocaram diversas migrações dentro e fora da região Sul.
Os emigrantes da região Sul deslocaram-se para as áreas agrícolas do Sudeste e também para as áreas de fronteira agrícola nas regiões Centro-Oeste e Norte.

O retorno dos brasiguaios
Muitos trabalhadores rurais da região Sul migraram também para o Paraguai, onde passaram a cultivar novas áreas agrícolas com o apoio do governo paraguaio. Contudo, décadas depois, parte dessas áreas ainda não foi legalizada, Nos últimos anos, esse fato tem desencadeado conflitos pela posse de terra naquele país, fazendo com que milhares de brasiguaios voltem ao Brasil.


Qualidade de vida na região Sul
Qualidade de vida refere-se a um conjunto de condições que devem favorecer a vida humana em sociedade. Ela pode ser medida por meio de indicadores socioeconômicos, como a distribuição de renda, a taxa de mortalidade infantil, a expectativa de vida e a taxa de analfabetismo.
A região Sul é a região brasileira que apresenta os maiores indicadores de qualidade de vida. 



Informações retiradas do livro didático. Se quiserem modificar ou completar fiquem á vontade.

Postado por Luiza Ramos.

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