O Reino das Plantas (temas 4 a 6)
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O Reino Plantae é composto pelas plantas, seres pluricelulares e eucariontes. Nesses aspectos elas são semelhantes aos animais e a muitos tipos de fungos, porém algo as difere desses e as classificam em um reino à parte: as plantas são autotróficas, ou seja, produzem seu próprio alimento por meio da fotossíntese. Além disso, outras características importantes desses seres é possuírem amido como reserva energética, terem parede celular de celulose, serem clorofilados (possuem clorofila).
Utilizando a luz, ou seja, a energia luminosa, as plantas produzem a glicose, matéria orgânica formada a partir da água e do gás carbônico que obtêm do alimento e liberam o gás oxigênio.
Biologicamente as plantas, juntamente com outros seres fotossintetizantes, são de extrema importância para a manutenção da vida, pois são produtoras de matéria orgânica que nutre a maioria dos seres vivos da Terra, atuando na base das cadeias alimentares.
Há cerca de 500 milhões de anos, as plantas iniciaram a ocupação do ambiente terrestre. Este ambiente oferece às plantas vantagens como: maior facilidade na captação da luz, já que ela não chega às grandes profundidades da água, e facilidade da troca de gases, devido à maior concentração de gás carbônico e gás oxigênio na atmosfera. Esses fatores são importantes no processo da respiração e da fotossíntese.
Classificação das plantas
É necessário definir outros critérios que possibilitem a classificação das plantas para organizá-las em grupos menos abrangentes que o reino. Em geral, os cientistas consideram como critérios importantes:
A característica de a planta ser vascular ou avascular, isto é, a presença ou não de vasos condutores de água e sais minerais (seiva bruta) e matéria orgânica (a seiva elaborada);
Ter ou não estruturas reprodutoras (semente, fruto e flor) ou ausência delas.
As principais classes de plantas são Briófitas, Pteridófitas, Gimnospermas e Angiospermas.
Evolução das plantas
Acredita-se que as plantas evoluíram a partir de algas verdes aquáticas. As plantas atuais apresentam algumas estratégias que permitiram a colonização do ambiente terrestre:
Estruturas que diminuem a perda de água, como a cutícula, que evita a perda de água por evaporação, em especial nas folhas.
Surgimento dos tecidos condutores de seiva nas plantas vasculares, o que facilitou o transporte de água e nutrientes no corpo.
Surgimento do tubo polínico e grão de pólen nas gimnospermas e angiospermas, estruturas reprodutivas que possibilitaram a reprodução independente de água.
Surgimento de sementes (gimnospermas e angiospermas), que protegem o embrião e evitam a perda de água. A flor e o fruto das angiospermas favorecem a polinização e a dispersão das sementes.
Briófitas
Características Gerais
- São plantas que não produzem flor, semente ou fruto;
- Possuem clorofila;
- Parede celular constituída de celulose (sem lignina);
- Possuem o amido como material de reserva;
- Não possuem raízes e a absorção da água ocorre diretamente através da superfície do corpo;
- São capazes de realizar fotossíntese, sendo autótrofos fotossintetizantes;
- São plantas avasculares (ausência de vasos condutores); os líquidos são conduzidos por difusão célula a célula, o que limita o tamanho desses vegetais;
- O transporte de água de célula a célula é muito lento e as células mais distantes morreriam desidratadas;
- São plantas comuns em locais úmidos e que não recebem luz direta do sol;
- São sensíveis à poluição e a ausência delas indica má qualidade do ar.
- Exemplos: musgos e hepáticas.
Reprodução
As briófitas são dependentes da água para a reprodução sexuada. É por meio dela que os anterozoides (gametas masculinos) deslocam-se e alcançam a oosfera (gameta feminino). Os gametas unem-se, dando início à fase assexuada do ciclo. Nessa fase, cresce sobre a planta feminina uma estrutura formadora de esporos. Os esporos amadurecem e são liberados. Assim, podem cair no solo e dar origem a uma nova plantinha.
Pteridófitas
Características gerais
- Plantas de porte médio que vivem em locais úmidos;
- São vasculares;
- Não apresentam flores, frutos nem sementes;
- Exemplos: samambaias e avencas.
As pteridófitas são mais complexas do que as briófitas, já que possuem tecidos condutores de seiva. Porém, as representantes desse grupo ainda são restritas a ambientes úmidos e sombreados, e não apresentam flores, frutos ou sementes.
O caule das pteridófitas é geralmente subterrâneo e horizontal, o chamado rizoma.
Um grande número de pteridófitas é usado como planta ornamental e algumas são usadas na alimentação.
Reprodução
Assim como as briófitas, as pteridófitas apresentam o ciclo reprodutivo com duas fases: a assexuada e a sexuada. A mais visível é a assexuada.
Tomando-se como exemplo a samambaia, pode-se observar a presença dos soros (pequenos pontos pretos na planta), que surgem na planta quando ela está em faze de reprodução. No interior se cada soro existem inúmeros esporos. Esses esporos, quando amadurecem, podem cair em solo úmido e germinar, dando início à fase sexuada do ciclo reprodutivo. Nessa fase, ocorre a formação do prótalo, que produz gametas masculinos e femininos. Quando ocorre a união desses dois gametas, há a formação e desenvolvimento de um novo embrião, que formará uma nova samambaia.
Gimnospermas
Características gerais
- São plantas que alcançam grande porte e vivem em regiões de clima frio e temperado;
- São vasculares;
- As sementes são nuas, ou seja, sem frutos;
- Exemplos: araucárias, pinheiros e sequoias.
Uma das grandes inovações reprodutivas das gimnospermas foi a independência de água para a reprodução.
As sementes de gimnospermas são nuas, pois não há a produção de frutos. Essas sementes abrigam o embrião, proporcionando-lhe proteção e nutrição, e assim garantindo seu desenvolvimento até o surgimento de novas folhas.
Reprodução
As gimnospermas podem apresentam indivíduos de sexos separados ou não. Ou seja, elas podem ser hermafroditas. No caso das araucárias, as plantas apresentam sexos separados.
Nas gimnospermas, surgiram estruturas reprodutivas chamadas estróbilos. Os estróbilos masculinos produzem o grão de pólen, que ao entrar em contato com o estróbilo feminino, da origem ao tubo polínico. Durante a formação do tubo polínico, uma das células do grão de pólen formará o gameta masculino, que descerá pelo tubo até o gameta feminino, no ovário, onde ocorre a fecundação.
Angiospermas
Características gerais
- Podem ter diferentes tamanhos;
- Têm ampla distribuição geográfica;
- São vasculares;
- Apresentam flores e frutos;
- Exemplos: ipês, maracujazeiros, goiabeiras.
As angiospermas são as plantas mais comuns e abundantes, podendo ser encontradas em vários tipos de hábitats. Podem ser herbáceas, arbustivas ou arbóreas.
Essas plantas apresentam tecidos condutores de seiva, flores e frutos que guardam as sementes.
Reprodução
O ciclo reprodutivo das angiospermas possuem as seguintes etapas:
Polinização e formação do tubo polínico: Vento, insetos, aves e morcegos transportam o grão de pólen de uma flor a outra ou da parte masculina para a parte feminina da mesma flor. Após a chegada do grão de pólen, ocorre a formação do tubo polínico, que possibilita o encontro entre o gameta masculino e o feminino.
Fecundação: É a união da oosfera (gameta feminino) cm o núcleo espermático (gameta masculino).
Formação de frutos: A união dos dois gametas origina as sementes. O ovário da flor desenvolve-se, formando os frutos;
Dispersão das sementes: Os frutos podem ser comidos por animais e as sementes eliminadas em outros locais. Alguns tipos de semente são carregados pelo vento.
Germinação das sementes: A maioria dos frutos maduros desprende-se da e libera as sementes, caem no solo e podem germinar, gerando uma nova planta.
Informações retiradas do livro e do Magnum Sol.
Postado por Luiza Ramos.
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